segunda-feira, 31 de maio de 2010
Encontro do PDT em Aquidauana: Dagoberto diz que Zeca vence as eleições no primeiro turno
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) acredita que não haverá segundo turno nas eleições para o Governo de Mato Grosso do Sul. O parlamentar, que é pré-candidato ao Senado e presidente regional do PDT no Estado participou, neste sábado, do encontro regional do partido em Aquidauana, realizado na Câmara de Vereadores da cidade.
Ao falar para um plenário lotado, Dagoberto disse da aliança do PDT com o Partido dos Trabalhadores e da pré-candidatura de Zeca do PT ao Governo. “O Zeca cresce dia-a-dia nas pesquisas feitas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. O PDT foi o primeiro partido a se unir com o PT nesta caminhada, não só para o Governo de Mato Grosso do Sul, mas também para a presidência da República. Os números estão aí, a vontade da população está aí, por isso, tenho certeza da vitória do Zeca já no primeiro turno”, disse ele.
O pré-candidato ao Senado criticou o governo Fernando Henrique Cardoso para citar que, ao contrário, “o governo Lula fortaleceu as empresas estatais, recuperou os salários e serve de exemplo a outros países, que ainda sentem os reflexos da crise internacional”.
O encontro deste sábado do PDT, em Aquidauana, reuniu pré-candidatos à Câmara Federal e à Assembléia Legislativa, além de lideranças do partido de 13 municípios da região sudoeste do Estado. Para o pré-candidato a deputado e ex-prefeito de Aquidauana, Felipe Orro, a região sudoeste foi abandonada pelo atual Governo. “O único frigorífico instalado no município está fechado e a indústria metalúrgica só foi implantada por causa de gestões realizadas pelo Dagoberto”, disse ele para defender um programa de desenvolvimento sustentável para a região, como o turismo.
O presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt, acredita no processo eleitoral para mudar situações não resolvidas e que desagradam a população. “O povo já decidiu. A eleição é boa porque tem prazo de validade e o eleitor sabe disso”, comentou.
Participaram do encontro regional lideranças de Antônio João, Anastácio, Aquidauana, Caracol, Bela Vista, Bodoquena Bonito, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, jardim, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho. Os municípios de Dourados, Bandeirantes e Terenos também foram representados.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Degradação da Bacia do Alto Paraguai ameaça Pantanal
CGNEWS
Marcio Breda
WWF Brasil
Degradação na Bacia do Alto Paraguai deixa Pantanal vulnerável a problemas ambientais
Apesar de ainda permanecer conservado, o Pantanal está vulnerável a problemas ambientais em função da degradação sofrida na parte alta da bacia do Alto Paraguai. Esta é a conclusão de um estudo realizado por um consórcio de ONGs que atuam no Estado.
O estudo apresenta um Pantanal ainda conservado se comparado a outros biomas, como Mata Atlântica, com 86,6% da sua cobertura vegetal natural preservada. A área, porém, pode sofrer com os impactos do desmatamento do planalto da Bacia do Alto Paraguai, que possui apenas 43,5% de sua vegetação nativa.
O diagnóstico, que será apresentado nesta quarta-feira, às 11 horas, ao governador André Puccinelli, também registrou um percentual maior de desmatamento no planalto. De 2002 a 2008, o lado brasileiro da BAP, onde está o Pantanal, teve uma perda de 4% de sua vegetação natural, contra 2,4% da planície.
Denominado Monitoramento das Alterações da Cobertura Vegetal e Uso do Solo na Bacia Alto Paraguai, o estudo foi realizado pelas ONGs Ecoa-Ecologia e Ação, Conservação Internacional, Fundação Avina, SOS Pantanal e WWF-Brasil e teve o apoio técnico da Embrapa Pantanal.
De acordo com a Ong Ecoa, o mapeamento apontou diferenças na ocupação do solo entre o planalto e a planície, onde está localizado o Pantanal. Enquanto o planalto caracteriza-se pela forte ocupação da agricultura e pecuária, na planície, a pecuária de caráter mais extensivo exerce menor pressão sobre a cobertura vegetal original.
O assoreamento causado por sedimentos da atividade agropecuária do Planalto é um dos maiores vilões enfrentados pelo Pantanal. A água que nasce nas partes altas corre para baixo, para a planície inundável. Por isso, segundo os pesquisadores, o estudo busca reforçar a necessidade de olhar para o Pantanal com uma visão de bacia hidrográfica e não apenas a região alagável.
“É esse ciclo hidrológico – com águas que sobem no período das águas e baixam na estação seca - que faz o Pantanal um bioma tão importante, único, com uma das mais ricas biodiversidades do mundo”, destaca a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.
De acordo com a Ecoa, a base de dados produzida pelo estudo servirá de referência para o monitoramento da cobertura vegetal e uso do solo da BAP, sendo revisada e detalhada, incorporando-se críticas e sugestões de entidades parceiras a cada revisão.
A bacia hidrográfica do Alto Paraguai - BAP - compreende 4,3% do território brasileiro, englobando os estados de Mato Grosso do Sul (51,8%) e do Mato Grosso (48,2%).
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