sábado, 19 de janeiro de 2008

Excursão no Pantanal 'garante avistar' onças, diz jornal

19/01/2008 - 10h01
Excursão no Pantanal 'garante avistar' onças, diz jornal

Pacotes turísticos recém-lançados que "garantem" a observação de onças no Pantanal do Mato Grosso ganharam a capa do caderno de turismo do jornal britânico The Daily Telegraph deste sábado.

O diário classifica a onça-pintada de "um das criaturas mais elusivas e mais caçadas do planeta, e afirma que esse "novo ramo de turismo" espera "persuadir a população do Pantanal de que esse grande gato é mais valioso vivo que morto".

Nas estimativas do Telegraph, entre 4 mil e 7 mil onças vivem no Pantanal, e os animais "emprestam romantismo à paisagem virgem já repleta de biodiversidade".

A reportagem diz ainda que o santuário natural brasileiro atrai desde "mestres do universo" - como um americano dono de uma mina de prata na Bolívia, que comprou uma fazenda no Pantanal - até "salvadores do planeta".

'Pulo do gato' A alcunha é emprestada na notícia ao biólogo e ambientalista americano Charles Munn, "que passou os últimos 25 anos nas matas do Brasil e do Peru".

Munn é também o guia da expedição tema da reportagem britânica.

"Por meio do turismo, (Munn) planeja demonstrar aos fazendeiros, pecuaristas e madeireiros do continente que continuam a matar jaguares que eles são mais valiosos vivos que mortos." Munn disse ao diário londrino que "entre julho e meados de outubro, você tem uma probabilidade de 97% de ver o maior felino das Américas".

De acordo com o jornal, o "truque simples mais brilhante" usado pelo empreendedor foi contratar caçadores de onça para rastreá-las - e comunicar a sua localização para os guias dos grupos de ecoturistas.

Segundo o Telegraph ao fim dos dez dias de passeios de observação da natureza, regados a caipirinhas, "coquetéis de alta octanagem à base de rum", o turista chega a ficar "cansado" de tanto ver onças.

http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/01/19/ult4904u403.jhtm

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Complexo do Pantanal


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Pantanal)
Nota: Para outros significados de Complexo do Pantanal, ver Complexo do Pantanal (desambiguação).

Patrimônio Mundial da UNESCO
Pantanal
Imagem do Pantanal vista do alto, por satélite
Informações
Inscrição: 2000
Localização: Brasil
Critérios: vii, ix, x
Descrição UNESCO: fr en
Fazenda típica do Pantanal
Fazenda típica do Pantanal
Pantanal na condição da inundação, com uma fazenda visível no fundo.
Pantanal na condição da inundação, com uma fazenda visível no fundo.
Capivara
Capivara

O Complexo do Pantanal é um ecossistema com 250 mil km² de extensão, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

Índice

[esconder]

Generalidades

O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 138.183 km², com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região é ua planície pluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica.

O rio Paraguai e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também para outros animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-pantanal, a capivara, o tuiuiú e o jacaré.

Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caracterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.

O clima é quente e úmido, no verão, e frio e seco, no inverno. A maior parte dos solos do Pantanal são arenosos e suportam pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região.

Preocupada com a conservação do Pantanal a Embrapa instalou, em 1975, em Corumbá, uma unidade de pesquisa para a região, com o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais. As pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina, principal atividade econômica e, hoje, além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como recursos vegetais, pesqueiros, faunísticos e hídricos, climatologia, solos, avaliação dos impactos causados pelas atividades humanas e sócio-economia.

O Pantanal é uma planície de aproximadamente 230 mil km², medida estimada pelos estudiosos que explicam que dificilmente pode ser estabelecido um cálculo exato de suas dimensões, por em vários pontos ser muito difícil estabelecer onde começa e onde termina o Pantanal e as regiões que o circundam, além de a cada fechamento de ciclo de estações de seca e de águas o Pantanal se modifica.

Sua área é de 138.183 km² (64,64% em Mato Grosso do Sul e 35,36% em Mato Grosso (J. S. V. SILVA et al, 1998)). Considerada uma das maiores planícies de sedimentação do planeta, o Pantanal estende-se pela Bolívia e Paraguai, países em que recebe outras denominações, sendo Chaco a mais conhecida.

Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira. Na verdade, é uma imensa planície, dividida em dez sub-regiões distintas no Brasil, chamadas de pantanais:

  • Pantanal de Cáceres, no noroeste;
  • Pantanal do Poconé, no norte;
  • Pantanal de Barão de Melgaço, no nordeste;
  • Pantanal do Paraguai, no oeste;
  • Pantanal do Paiaguás, no centro;
  • Pantanal de Nhecolândia, também no centro;
  • Pantanal do Abobral, no centro-sul;
  • Pantanal de Aquidauana, no leste;
  • Pantanal de Miranda, no sudeste;
  • Pantanal de Nabileque, no sul.

Sua constituição, única no planeta, é resultado da separação do oceano há milhões de anos, formando o que se pode chamar de mar interior. A planície é levemente ondulada, pontilhada por raras elevações isoladas, geralmente chamadas de serras e morros, e rica em depressões rasas. Seus limites são marcados por variados sistemas de elevações como chapadas, serras e maciços, e é cortada por grande quantidade de rios dos mais variados portes, todos pertencentes à Bacia do Rio Paraguai — os principais são os rios Cuiabá, Piquiri, São Lourenço, Taquari, Aquidauana, Miranda e Apa. O Pantanal é circundado, do lado brasileiro (norte, leste e sudeste) por terrenos de altitude entre 600 e 700 metros; estende-se a oeste até os contrafortes da cordilheira dos Andes e se prolonga ao sul pelas planícies pampeanas centrais.

O Pantanal vive sob o desígnio das águas: ali, a chuva divide a vida em dois períodos bem distintos. Durante os meses da seca — de maio a outubro, aproximadamente — , a paisagem sofre mudanças radicais: no baixar das águas, são descoberto campos, bancos de areia, ilhas e os rios retomam seus leitos naturais, mas nem sempre seguindo o curso do período anterior. As águas escorrem pelas depressões do terreno, formando os corixos (canais que ligam as águas de baías, lagoas, alagados etc. com os rios próximos).

Nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água de superfície chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes, com leito definido, a grandes lagoas próximas a esses rios, chamadas de baías, e a algumas lagoas menores e banhados em áreas mais baixas da planície. Em muitos locais, torna-se necessário recorrer a águas subterrâneas, do lençol freático ou aqüíferos, utilizando se bombas manuais e ou tocadas por moinhos de vento para garantir o fornecimento às moradias e bebedouros de animais domésticos.

As primeiras chuvas da estação caem sobre um solo seco e poroso e são facilmente absorvidas. De novembro a abril as chuvas caem torrenciais nas cabeceiras dos rios da Bacia do Paraguai, ao norte. Com o constante umedecimento da terra, a planície rapidamente se torna verde devido à rebrotação de inúmeras espécies resistentes à falta d'água dos meses precedentes. Esse grande aumento periódico da rede hídrica no Pantanal, a baixa declividade da planície e a dificuldade de escoamento das águas pelo alagamento do solo, são responsáveis por inundações nas áreas mais baixas, formando baías de centenas de quilômetros quadrados, o que confere à região um aspecto de imenso mar interior.

O aguaceiro eleva o nível das baías permanentes, cria outras, transborda os rios e alaga os campos no entorno, e morros isolados sobressaem como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação — agrupamentos dessas ilhas são chamados de cordilheiras pelos pantaneiros — nas ilhas e cordilheiras os animais se refugiam à procura de abrigo contra a subida das águas.

Nessa época torna-se difícil viajar pelo Pantanal pois muitas estradas ficam alagadas e intransitáveis. O transporte de gente, animais e de mercadorias só pode ser feito no lombo de animais de carga e embarcações — muitas propriedades rurais e povoações (também conhecidas como corrutelas) localizadas em áreas baixas ficam isoladas dos centros de abastecimento e o acesso a elas, muitas vezes, só pode ser feito por barco ou avião.

Com a subida das águas, grande quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza e transportada a distâncias consideráveis. Representados, principalmente, por massas de vegetação flutuante e marginal e por animais mortos na enchente, esses restos, durante a vazante, são depositados nas margens e praias dos rios, lagoas e banhados e, após rápida decomposição, passam a constituir o elemento fertilizador do solo, capaz de garantir a enorme diversidade de tipos vegetais lá existente.

Por entre a vegetação variada encontram-se inúmeras espécies de animais, adaptados a essa região de aspectos tão contraditórios. Essa imensa variedade de vida, traduzida em constante movimento de formas, cores e sons é um dos mais belos espetáculos da Terra. Por causa dessa alternância entre períodos secos e úmidos, a paisagem pantaneira nunca é a mesma, mudando todos os anos: leitos dos rios mudam seus traçados; as grandes baías alteram seus desenhos.

Atividades Econômicas

As principais atividades econômicas do Pantanal estão ligadas à criação de gado bovino, que é facilitada pelos pastos naturais e pela água levemente salgada da região, ideal para esses animais. Para peões, fazendeiros e coureiros, o cavalo é um dos principais meios de transporte. Os pescadores, que buscam nos rios sua fonte de sustento e alimentação. Há também, uma pequena população indígena ribeirinha , muito reduzida pelos conflitos de terra.

Entre os problemas ambientais do Pantanal estão o desequilíbrio ecológico provocado pela pecuária extensiva, que destrói a vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré; o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação das águas dos rios Paraguai e São Lorenço; o turismo descontrolado que produz o lixo, esgoto e que ameaça a tranqüilidade dos animais, etc. Cerrado ameaçado O INCENTIVO DADO PELOS GOVERNOS ,a partir da década de 1960,para desenvolver a região Centro-Oeste através da implantação de projetos agropecuarios, trouxe muitas alteraçoes nos ambientes do cerrado ,ameaçando a sua biodiversidade.

Diversidade

Flora

A vegetação pantaneira é um mosaico de três regiões distintas: amazônica, cerrado e chaco (paraguaio e boliviano). Durante a seca, os campos se tornam amarelados e não raro a temperatura desce a níveis abaixo de 0 ºC, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente.

A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado — a pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal. A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas intermediárias. A poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como o angico, ipê e aroeira.

Nas altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas (da família dos ipês com flores róseas e amarelas), palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras.

Fauna

A fauna pantaneira é muito rica, provavelmente a mais rica do planeta. Há 650 espécies de aves (no Brasil inteiro estão catalogadas cerca de 1800). A mais espetacular é a arara-azul-grande, uma espécie ameaçada de extinção. Há ainda tuiuiús (a ave símbolo do Pantanal), tucanos, periquitos, garças-brancas, jaburus, beija-flores (os menores chegam a pesar dois gramas), socós (espécie de garça de coloração castanha), jaçanãs, emas, seriemas, papagaios, colhereiros, gaviões, carcarás e curicacas.

No Pantanal já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas. Contam-se mais de 80 espécies de mamíferos, sendo os principais a onça-pintada (atinge a 1,2 m de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até 200 kg), capivara, lobinho, veado-campeiro, veado catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio (macaco que produz um ruído assustador ao amanhecer), porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta, preguiça, ariranha, suçuarana, quati, tatu etc.

A região também e extremamente piscosa, já tendo sido catalogadas 263 espécies de peixes: piranha (peixe carnívoro e extremamente voraz), pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá, jaú e piau são as principais encontradas.

Há uma infinidade de répteis, sendo o principal o jacaré (jacaré-do-pantanal e jacaré-de-coroa), cobras (sucuri, jibóia, cobras-d’água e outras), lagartos (camaleão, calango-verde) e quelônios (jabuti e cágado).

Principais cidades localizadas dentro do Pantanal

Corumbá, principal centro de apoio ao turista
Corumbá, principal centro de apoio ao turista



http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pantanal Mato-Grossense: Uma das mais belas reservas ecológicas do mundo

O Pantanal Mato-Grossense

O Pantanal Mato-Grossense é uma das maiores e mais belas reservas ecológicas do mundo, que pode ser visitada com alguma facilidade a partir de vários pontos, sobretudo Cuiabá ou Corumbá .

O Pantanal é uma bacia sedimentar quaternária, limitando-se a oeste com a Bolívia e o Paraguai . É também, uma planície, que abriga o centro geográfico da América do Sul.

Clíma e Temperatura

As temperaturas são bastante elevadas em média entre 20 graus C a 25 graus C. As chuvas distribuem-se em duas estações bem distintas : a chuvosa, no verão e a seca no inverno. A pluviosidade varia em torno de 1.500 a 2.000 mm. O clima predominante é o tropical. Os ciclos das águas são preciosos, ou eram preciosos antes das alterações promovidas pelo homem estranho a região : chove de novembro a janeiro; a enchente dura de fevereiro a abril; a vazante ocorre de maio a julho; e, de agosto a outubro, temos a seca.

A enchente , provocada pelas águas que descem em direção ao sul, ao rio Paraguai, é lenta, uma vez que a declividade do terreno é mínima , formando uma lâmina d'água A enchente traz a fartura, o peixe fácil. é a época da reprodução, também, de se criarem os filhotes. Os peixes deixam os leitos dos rios e entram embaixo das árvores, que tem suas bases submersas, ficando disponíveis para a alimentação dos pássaros.

E pode-se ver, pousados juntos, numa mesma árvore, flamingos, biguás, socós, garças, patos, marrecos, jaburus. Os peixes comem pequenas frutas, depois seguem para as lagoas, onde desovam em temperatura ideal para o desenvolvimento dos filhotes. Na seca os peixes, retornam aos rios bem alimentados e com melhores condições para enfrentar a eterna luta pela sobrevivência.

Da mesma forma, a vazante é vagarosa: as águas evaporam aos pouco e os peixes debandam num esforço semi-inútil em direção aos rios , sendo atacados pelas milhares de aves aquáticas e pelos jacarés.

Na seca, ficam apenas os rios perenes, que podem estar muito distantes dos animais. Aí, cada um se vira como pode. O jacaré , por exemplo, procura os lugares úmidos, cava um buraco e se enterra. Fica ali hibernando, apenas com o focinho de fora, até que as chuvas façam do local uma lagoa e ele, magro, saia á procura da renovação, da vida.

O aproveitamento das riquezas do Pantanal , inclusive as minerais e vegetais, é hoje, o grande desafio. Introduzir novas tecnologias sem afetar o equilíbrio ecológico, o principal problema. A questão da tecnologia é o drama do Pantanal , que tem um rebanho estimado em 12 milhões de cabeças. Há quem insista que a produção pode melhorar de qualidade com a introdução de novas técnicas mais modernas. Os fazendeiros tradicionais acham que não; para eles, a produção pode cair e a natureza ser seriamente danificada.

O Relevo

O Pantanal é uma planície, formada por terrenos sedimentares recentes. Apresenta uma topografia baixa e plana, com altitudes entre 100 e 200 metros. Esse fato dificulta o escoamento das águas nos períodos chuvosos, provocando imundações pelos rios da bacia do Paraguai.

Hidrografia

A bacia Paraguaia recobre toda a planície do Pantanal, em terras de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O rio Paraguai, dos dois mil e oitenta e quatro quilômetros de extenssão, percorre 1.400 Km dentro do Brasil. No Brasil é navegado até a cidade de Corumbá. Seus afluentes são: Cuiabá, Taquari, Miranda e Apa.

Vegetação

A vegetação típica da Planície do Pantanal Mato- Grossense é o Complexo do Pantanal . Tal vegetação consiste numa associação de várias formações, em que se incluem as florestas, cerrado, campos, além da vegetação característica dos alagadiços.

Pecuária

O Pantanal apresenta as melhores condições de pastagens e onde a criação é feita de modo racional. é a principal área de criação da Região Centro- Oeste.

A mais importante área criatória encontra-se no município de Corumbá.

Atualmente, o gado " pantaneiro" vem sendo substituído pelo gado zebu e pelo búfalo, de melhores qualidades. A criação continua sendo feita extensivamente, favorecida pela pastagem natural de campos, fertilizados, periodicamente, pelas enchentes do rio Paraguai e seus afluentes.Destinado ao corte, o gado é vendido para as regiões de invernada artificial e frigoríficos paulistas.

População

As menores densidades ocorrem no Pantanal e na floresta equatorial, com menos de 1 hab/Km2.

Transportes

A navegação fluvial é importante no Pantanal, onde as cheias da bacia do Paraguai dificultam a construção de vias terrestres. Nesse caso, o rio Paraguai torna-se importante via de transporte nessa área, onde dois portos fluviais se destacam : Corumbá e Porto Murtinho.

O transporte aéreo ganha certa importância na região, devido ás grandes distâncias e pelas dificuldades que apresentam as poucas e precárias vias terrestres.

A ferrovia - Estrada de Ferro Noroeste do Brasil parte de Bauru e atravessa todo o sul de Mato Grosso do Sul até Corumbá.

Extrátivismo

Extrativismo vegetal - O Quebrachoé o produto vegetal explorado no Pantanal.

Extrativismo Mineral -Os principais minerais explorados são o manganês e o ferro, que são extraídos no maciço de Urucum, no Pantanal, nas proximidades de Corumbá, onde se encontra a Usina siderúrgica de Sobrás.




http://www.geocities.com/guilhermepujiz/Pantanal.htm

Onças do Pantanal sul-mato-grossense são notícia no exterior

04/01/08

Mato Grosso do Sul mais uma vez se destacou na imprensa mundial. No primeiro dia do ano foi publicada uma reportagem no The New York Times, tradicional jornal dos Estados Unidos, sobre um projeto de conservação de onças-pintadas desenvolvido em fazendas pantaneiras.

A onça-pintada figura na lista oficial de animais em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e é considerada o maior felino das Américas e o terceiro mais rápido do mundo.

A jornalista J. Madeleine Nash visitou a Fazenda San Francisco, localizada em Miranda, em dezembro passado e se encantou com a beleza da região. "Ao longo dos anos recebemos jornalistas e turistas estrangeiros que ficam maravilhados com a biodiversidade do pantanal sul-mato-grossense", disse Beth Coelho, proprietária da fazenda.

Beth afirma que muitos turistas estrangeiros vão até lá motivados pela causa da preservação ambiental e ficam admirados com os projetos de conservação desenvolvidos no Brasil. Na edição do New York Times de 1º de janeiro de 2008, a jornalista norte-americana ressalta a importância do projeto Gadonça, iniciado em 2003 através de uma parceria entre a organização não-governamental Pró-Carnívoros e a Fazenda San Francisco, que visa avaliar os impactos decorrentes da predação do gado pela onça pintada e pela onça parda.

"É um projeto inovador que está rendendo bons frutos, tanto para a vida selvagem, quanto para os proprietários rurais", afirma o biólogo Ricardo Luiz da Costa, atual coordenador do projeto. "Os animais são monitorados através de rádios transmissores, assim, nós podemos identificar as melhores formas de prevenir a predação do gado e de animais domésticos."

O projeto envolve ainda a conscientização de produtores rurais no âmbito conservacionista e realizando palestras para turistas explicando a importância da preservação da vida selvagem no pantanal.

De acordo com a World Conservation Union (União Mundial de Conservação), maior e mais importante rede de conservação do planeta, a população mundial de onças pintadas contabiliza aproximadamente 50 mil indivíduos e está prestes a traçar a mesma trajetória dos tigres da China e dos leões da África, que têm uma população bem menor do que as onças altíssimo risco de se extinguirem.

Retorno

Iniciativas como esta, de aliar pesquisa científica ao ecoturismo, agregam valor ao turismo sustentável e vem se despontando em Mato Grosso do Sul. Projetos como o Arara Azul, entre outros, constantemente são noticiados em jornais, revistas e na televisão em âmbito nacional e internacional. Desta forma, Mato Grosso do Sul vai aos poucos se consolidando como destino turístico internacional.

http://www.portalbonito.com.br/cultura/noticias_ler.asp?id=12071